domingo, 5 de setembro de 2010

No culminar da civilização

Estamos perante a barbárie mais repelente, mais indigna, mais vil, que se apresenta sob a forma de aplicação de preceitos religiosos e, no fundo, apenas esconde uma percepção da realidade baseada na desigualdade em relação à mulher, atavismo do mais primitivo. Preconceito que se arrasta desde os primórdios dos humanos, onde prevalecia a força física para sobreviver. De intelecto castrado, exibindo perante o mundo a bestialidade dos seus preceitos, pretende a todo o custo apresentá-los como se de elevação moral se tratasse. Todo o amor será proibido, toda a sensualidade condenada. E ainda vem reclamar de «assuntos internos do estado iraniano». A ser assim, ainda havia provavelmente escravatura.
Não, ninguém pode ficar indiferente!
Repugnante!

A pressa de Passos Coelho (15/08/10)

Apertado pelas sondagens e pela catadupa de ineptidões que se seguiram ao primeiro entusiasmo, Passos Coelho muda de estratégia e rapidamente passa da «não temos pressa para chegar ao poder» para a de «se o Presidente não dissolve agora, não aguento o desgaste» , tendo como plano B a reacção do CDS, o qual, vendo parte dos seus deslizar para este PSD «liberal», não deve estar interessado nestas aventuras, ou então, tendo-lhe passado rapidamente a «postura de Estado» demonstra o que realmente lhe vai na alma : o país é secundário, quanto pior melhor.

Mais um profundo erro de cálculo como adiante se verá.

A viagem do PSD ( 30/08/10) Com um torção violento

A viagem do PSD ( 30/08/10)
Com um torção violento

É muito difícil fazer vingar um novo partido em Portugal. O espaço está, até certo ponto, preenchido e os votantes ou mudam de sentido de voto ou desistem. Raramente se fixam em novas formações. Por isso,
pessoas que «cresceram politicamente» à sombra do PSD, agora, firmada a respeitabilidade e carteira, pretendem, com um torção violento, de guinada em guinada remetê-lo para a direita do CDS, espaço que julgam mais conforme com o seu actual «estatuto». A forma como se esgueiram para a redoma dos «barões» e das «elites» faz prenunciar um total desrespeito por aqueles que neste partido têm votado.
A queda abrupta nas intenções de voto assustou-os e, vai daí, o discurso resvalou rapidamente para a incoerência, afirmando tudo e o seu contrário. Instalou-se, todavia, a desconfiança entre as bases e já se pensa em Rui Rio. A máquina trituradora de «líderes» destroçará os que ignorarem ou subverterem a matriz ideológica que o fez crescer?

Com um torção violento

A viagem do PSD ( 08/10) Desapossados

Após a apresentação do projecto de governo liberal de Passos Coelho sob a forma de revisão constitucional, perpassa em grande parte do PSD uma subterrânea perplexidade.
Este partido é constituído por uma parte significativa dos votantes portugueses e ainda possui um número expressivo de militantes. Muitos deles, os mais velhos e mais numerosos, à volta da imagem construída, mal ou bem, pela governação cavaquista. Imagem essa cujos contornos encaixam na defesa do chamado Estado Social: Leonor Beleza na Saúde, Bagão Félix na Segurança Social (embora este mais ligado ao CDS e independente), Roberto Carneiro na Educação e outros.

Os mais novos, muito pouco numerosos, à volta de uma imagem «liberal» que agora, incompreensivelmente, se apresenta como moderna ou, quem sabe, pós-moderna (incompreensivelmente, pois estamos no meio da mais devoradora crise saída das cloacas de Wall Street e provocada pela «esmerada» aplicação dessas teorias).
O sentimento surdo e dominante que começa a grassar é de não pertença por parte do primeiro grupo. Sentem-se esbulhados, desapossados, e, se este sentimento ganhar líder, restam duas hipóteses a Passos Coelho: ir criar um partido à direita do CDS, ou passar pelo calvário habitual. Este poderá tornar-se mais evidente se a queda nas intenções de voto se acentuar.
A ver vamos.
Desapossados.

A viagem do PSD (28/07/10)

Assalto, legitimidade e caudilhos

O PSD de Sá Carneiro, Mota Amaral ,João Jardim, Cavaco Silva e milhares de militantes foi, e momentaneamente ainda é, de matriz social-democrata, como agora se convencionou dizer. Foi envolto nesta matriz que este partido cresceu e se tornou alternativa de governo em Portugal. Assim foi e ainda é. Esta matriz está configurada nos respectivos estatutos. Qualquer militante que se proponha dirigir este grande partido deve, e está obrigado, a se conformar com esta realidade.

Já sofreu fortes ataques no sentido de mudar a raiz social-democrata, mas nunca tão intensos como agora, dirigidos por um grupo que se situa à direita do CDS e pretende tomar por dentro este grande partido e deslocá-lo para a direita liberal.


Para isso terá de mudar os estatutos, submeter a respectiva aprovação aos militantes e denominar o partido de outra forma. Por exemplo, porque não PLD - Partido Democrata Liberal?


Se isto acontecer será legitimo, não será é a mesma coisa.

A viagem do PSD (24/07/10)

Jovens janízaros ( da Escola de Chicago )


Os jovens janízaros que tomaram conta do PSD estão prestes a alterar a matriz social-democrata do partido e a criar uma formação que nada tem que ver com a origem. Pois bem, para além da confusão que se está a instalar nas bases do partido, constituído basicamente por pessoas que ao longo dos anos se habituaram a ver o partido lutar pela melhoria das suas condições de vida, nomeadamente na saúde, na escola e nas reformas, vê-se agora o partido a ser elogiado pelos patrões, que enxergam no horizonte a possibilidade de despedir sem limite nem escrúpulo.
Não sei como se pode ser politicamente tão néscio em tão pouco tempo!

13/07/10 A viagem do PSD

Para um observador distante

Publicidade enganosa e ingenuidades


O PSD tem um espaço natural, a social-democracia. Consequentemente, uma ideologia definida. Partido reformista por natureza, tem de assumir uma postura clara em relação a áreas de intervenção pública como a educação, a saúde, a justiça, o ambiente e outras, e afinar o seu discurso pelo interesse comum e deixar-se de «liberalices» sem sentido e sem destinatários no seu espaço eleitoral, a não ser que queira disputar os 3% que transitam entre ele e o CDS, o que é manifestamente pouco. Se este PSD não é social-democrata estamos perante publicidade enganosa e tem de dizer ao que vem.

Quando este partido aceitou o presente envenenado de assumir que no seu interior existem alguns «barões » (a elite, seja lá o que isto for, e que põe e dispõe a seu belo prazer), relegou os outros que lá estão para a condição de «plebe» ou, pelo menos, para uma importância menor. Ou este partido fala para o pedreiro e para o médico ou está com o destino marcado.

Até agora, o único candidato que me pareceu entender isto foi Aguiar Branco, os outros têm palco, resta saber se terão audiência. Posso estar enganado, mas isso pouco importa. Enfim ingenuidades.

A viagem do PSD (28/03/10)

Dois partidos fortes é necessário.

A maior parte dos votantes em Portugal está no centro e centro-esquerda. Se é necessário haver alternância, então o PSD deve reconstruir a narrativa e deslizar suavemente da Escola de Chicago para Krugman.
O PSD, no seu impulso de se distinguir do PS, não pode referir-se ao Estado de forma sobranceira como se a evolução do país para o Portugal moderno não se devesse, em grande parte, às politicas e aos serviços públicos que as implementaram. «Liberalices» e neoconservadorismo podem dar um ar modernaço ao discurso mas, a meu ver, não têm plateia nem votos.
Se não, então podemos vir a assistir ao predomínio partidário tão ao gosto da 1.ª República que o país não precisa . É necessário substituir a politica reles pelo confronto de projectos.

Politica canalha /29/07/10)

Politica canalha /29/07/10)




Assente e aceite , baseada em lugares comuns, engodo fácil para néscios e gente amoral, está a utilização sistemática da insidia, da calunia , do vilipendio para atingir adversários políticos, vender jornais, gastar horas de televisão e , enquanto dura, promover a figuras públicas, com estatuto de «justiceiros». Algumas pessoas, que , passada a «onda»,voltam necessariamente à vulgaridade.

São conhecidos os jornalistas , comentadores ,pivôs de televisão que alimentam estes processos.

Cientes das «verdades » insofismáveis de ditados populares como «não há fumo sem fogo» ,«quem anda à chuva é que se alaga » etc, e cientes do peso que estes tem na formação do pensamento dos mais incautos, lá estão eles sempre disponíveis, pressurosamente disponíveis, para nos dar conta da «riqueza» do seu pensamento enquanto arrastam a barriga pela lama, numa volúpia irreprimível.

Bom, assim é, assim será. Agora, o que não se pode esquecer e perdoar é uma campanha politica para as eleições europeias e legislativas conduzida na base destas « técnicas» e que teve como protagonistas a anterior direcção do PSD, dirigida por Manuela Ferreira Leite e assessorada por Pacheco Pereira.

Politica canalha.

Para memória futura.

12/08/10 Missa de finados (humor negro, ou simples desencontro?)

12/08/10

Missa de finados (humor negro, ou simples desencontro?)

O «caso» Freeport parece uma Missa de Finados em que parte dos presentes desejavam que o morto fosse outro e, vai daí, desatam a tentar rever os últimos instantes na vã esperança de finar o seu extinto desejado.

13/08/10Crónica de uma morte anunciada (em permanente actualização).

13/08/10


Crónica de uma morte anunciada (em permanente actualização).

Elementar meu caro Watson, o homem não desiste. Por mais que queiram, o homem não desiste e isto só vai lá com eleições. Seja, lá terá que se pedir outra vez o voto ao povo (populares, como gostam as tvs de o designar) e esperar o resultado, sempre uma incógnita, e pimba! Lá ganha outra vez José Sócrates. Um... melhor mesmo é ver se desiste. Bom, agora o desgaste vai continuar através da comissão de inquérito. O Bloco a tentar escavar na esquerda do PS, o PSD a tentar impossibilitar o PM de ir a eleições desacreditando-o, o PC seguindo a política de terra queimada e o CDS, bom, ao CDS qualquer lhe serve desde que chegue ao governo. Como se chama mesmo o forte do Paulo Portas? São Julião da Barra?



Crónica de uma morte anunciada. Em permanente actualização.

Elementar meu caro Watson, o homem não desiste. Por mais que queiram, o homem não desiste e isto só vai lá com eleições. Seja, lá terá que se pedir outra vez o voto ao povo (populares, como gostam as tvs de o designar) e esperar o resultado, sempre uma incógnita, e pimba! Lá ganha outra vez José Sócrates. Um... melhor mesmo é ver se desiste. Bom, agora o desgaste vai continuar através da chantagem orçamental, uma vez que a Comissão de Inquérito esbarrou num homem integro ( Mota Amaral), e explorando a missa de finados do Free Port. O Bloco a tentar escavar na esquerda do PS, o PSD a tentar impossibilitar o PM de ir a eleições desacreditando-o, o PC seguindo a política de terra queimada e o CDS, bom, ao CDS qualquer lhe serve desde que chegue ao governo. Como se chama mesmo o forte do Paulo Portas? São Julião da Barra?

29/07/10 O espaço perdido do PSD

A maior importância das principais propostas de revisão constitucional do PSD é mostrar como governará se ganhar as eleições
José Carlos Vasconcelos
0:08 Quinta feira, 29 de Jul de 2010


A maior importância das principais propostas de revisão constitucional do PSD não reside nelas próprias como tal mas no que revelam sobre a orientação política do partido e a forma como governará se ganhar as eleições. Porque sendo óbvia, dada a oposição do PS, a inviabilidade de tais propostas de mudança de princípios básicos da Constituição da República (CR), o seu único sentido útil é o de o PSD delimitar o seu próprio território e afirmar que com ele no poder acabará o atual modelo de Estado Social. Não pela impossibilidade material de o manter (embora alguns o sugiram ou com isso vagamente se justifiquem...), mas por opção ideológica. De resto, Passos Coelho já disse que pelo menos essa vantagem tinham aquelas propostas: ninguém poder dizer agora que PS e PSD são iguais.
Ora, sendo indiscutível que o PS é um partido socialista/social-democrata; e sendo-o também que com José Sócrates se situa, na teoria e na prática governativa, na "ala direita" dessa áreas (daí ser corrente dizer-se que o PS passou a ocupar o espaço do PSD; e o PCP, e amiúde também o BE, classificarem o PS como de direita) - o que Passos Coelho está a fazer é colocar o PSD totalmente fora, se ainda estava dentro, da social-democracia. Ou seja: no campo do puro liberalismo ou neoliberalismo. De tal forma que, para ser coerente e ajustar a semântica à realidade política, o partido devia voltar a chamar-se "popular democrático" (PPD), como antes, num tempo em que o seu programa era, aliás, muito mais social-democrata ou socialista que é hoje mesmo o do PS!...
Julgo que o líder do PSD está enganado: ao contrário do que pensa, a maioria dos portugueses não estão cansados do Estado Social, não lhe atribuem os malefícios e as dificuldades do momento, nem admitem ser preciso desmantelá-lo ou diminuí-lo ainda mais para "salvar" a economia. Ao invés, sabem que a crise atual, global, resulta dos excessos ou perversões daquele liberalismo ou neoliberalismo, e queixam-se de o Estado Social ser "pouco" ou não ser o que desejariam - com razão ou sem ela muitos atribuindo a culpa ao atual Governo.
Ora, ao defender, com tudo que isso significa e indicia, o fim do direito à Educação e à Saúde tendencialmente gratuitos (assim pondo de facto em causa o Ensino Público e o Serviço Nacional de Saúde, uma das grandes conquistas do nosso regime democrático e das mais importantes para toda a gente), o PSD não conquista para si um espaço que lhe seja favorável - oferece-o ao PS. Oferece ao PS, de bandeja, a bandeira mais mobilizadora: a de defensor do Estado Social, num momento em que a crise e as grandes dificuldades das pessoas mais exigem a sua existência e intervenção.
Com estas e outras propostas, como a de que se retire da CR a proibição de despedimentos "sem justa causa", se o PSD deixa de ser relativamente identificável com o PS, corre o risco de o passar a ser com o CDS - o qual, face ao perigo da invasão do seu território, até já o criticou. Assim, o PSD, além de oferecer ao PS a fundamental bandeira ou causa do Estado Social, não o "encosta" à esquerda, levando os eleitores a associá-lo ao PCP e/ou ao BE, antes lhe reforça a centralidade política. O que pode permitir ao PS, se outros fatores não intervierem em sentido contrário, reconquistar muita classe média não politizada, muito do centro e centro-esquerda que perdeu ou perderia.
Também as propostas do PSD relativas ao sistema político não são nem felizes, nem oportunas, nem prioritárias - e algumas terão até sido já abandonadas. De resto, neste domínio como em outros, as reformas mais necessárias não exigem qualquer revisão constitucional: é o caso da reforma do sistema eleitoral. Bom, mas acredito que o projeto do PSD tenha muitas coisas interessantes, ainda não conhecidas. Julgo, porém, por todos os motivos se impor que o debate sobre a revisão da CR só ocorra após as presidenciais. Por isso o PSD não devia formalizar a apresentação do seu projeto antes delas, forçando os outros partidos a apresentarem os seus nos 30 dias subsequentes e misturando o que não deve ser misturado.

25/07/10São José Almeida, Para refundar o regime (no Público de ontem):

Para refundar o regime [1]
• São José Almeida, Para refundar o regime (no Público de ontem):
‘1. O que quer verdadeiramente o PSD? Qual o verdadeiro ou os verdadeiros objectivos do PSD ao apresentar um projecto de revisão constitucional radical que mais do que alterar a actual é a proposta de uma nova lei fundamental, de uma refundação do sistema político e do modelo social?

(…)

Mas, repetimos, qual é o real objectivo ou objectivos do PSD? Marcar a agenda política e fazer manchetes de jornais? É pouco. Condicionar a campanha das presidenciais colocando em debate questões que podem dificultar a gestão eleitoral da direita e do candidato natural do PSD que tudo indica será mais uma vez Cavaco Silva? É perigoso para a própria liderança do PSD. Arranjar uma arma negocial para o Orçamento do Estado? Tipo: está bem, não nos dão os poderes presidenciais mas dão-nos a baixa de impostos? É mesquinho e pequenino.’
‘2. Entrando concretamente na proposta de revisão, percebe-se que ela tem dois grandes eixos de orientação. A introdução de uma liberalização do modelo sócio-económico, com o enterro do Modelo Social Europeu (MSE) no que é o seu figurino clássico do pós-II Grande Guerra, ou seja, abolindo o principio da igualdade de tratamento dada pelo Estado a todos os cidadãos. E a nível político, uma alteração substancial do perfil do sistema, que, passando aparentemente por um aumento dos poderes e das competências do Presidente, é uma diminuição do peso e da influência da primeira figura do Estado, bem como do papel do Parlamento. Representando, de facto, um aumento do poder dos directórios partidários e do peso da partidocracia.

Vejamos, então. Qual o real significado de mudar o conceito de proibição do "despedimento sem justa causa" - um conceito que tem jurisprudência feita - por uma expressão não-jurídica, como é o de proibição de "despedimento sem razão atendível", mas que autoriza tudo e que sobretudo permite a individualização, caso a caso, das regras sobre despedimento? O que é esta proposta a não ser a tentativa de consagração legal do que tens sido o grande objectivo das aristocracias do poder económico de reduzir os direitos laborais, por forma a ganhar assim a luta de classes de cima para baixo que há décadas se desenha no mundo capitalista e que é ideologicamente enquadrada pelo neoliberalismo?

Ainda ao nível de abrir caminho para uma mais desigual e menos justa redistribuição da riqueza, acordada no mundo democrático ocidental no pós-II Guerra Mundial, este projecto assume claramente o fim do MSE no que se refere à saúde pública. O PSD pode dizer o que quiser sobre isto. Pode afirmar que está a recriar, a refundar, a reinventar até o Sistema Nacional de Saúde. Mas o que é facto é que a proposta de retirar da Constituição a universalidade do direito à saúde é uma machadada no que é de facto o reconhecimento e garantia pelo Estado de um serviço público de cuidados de saúde igual para todos os cidadãos. E o mesmo faz em relação ao outro pilar do MSE, o ensino público.

E, atenção, o conceito de igualdade não é aqui confundível com nenhum léxico marxista-leninista. Ele é marxista naquilo que a social-democracia tem de inspiração marxista, mas a igualdade da redistribuição da riqueza é uma regra básica das democracias europeias e do MSE. E sem igualdade não há MSE. Este não pode conviver e conter no seu seio uma divisão dos cidadãos em cidadãos de primeira, que podem aceder a serviços privados, e os cidadãos de segunda que ficam a cargo de um assistencialismo público que nada tem a ver com MSE. Até porque, ao afirmar que o SNS é "tendencialmente gratuito", a Constituição já abre a diferenças de pagamento, dentro do direito igual ao acesso por todos.’

As duas faces de Jano (08/10)

)


A liberdade em sentido lato, e a liberdade de expressão em particular desempenham papel fundamental na construção da dignidade humana. Não a farsa que tem varrido ultimamente os media em Portugal, pois essa tem exclusivamente a finalidade de manipular a opinião pública visando denegrir o Primeiro Ministro e obrigá-lo a desistir criando condições para a ocupação do poder pela via da insidia e não pela via da comparação de projectos ideias e convicções (que ingenuidade).

À esquerda, a liberdade de expressão é fortemente defendida por todos sendo todavia caricato que partidos cuja ideologia determinou experiências históricas conducentes à total abolição da liberdade venham dela reclamar. As duas faces de Jano.
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12/06/10 Jogo de sombras

Não podendo governar sem os votos (estamos numa democracia ), não sendo seguro ainda que as sondagens sejam favoráveis, a manipulação continua. Chamam a isto combate político, vale tudo, mas na base do raciocínio está um enorme desprezo pelos que votam partindo sempre do principio que são manipuláveis á exaustão. Talvez não sejam

(08/06/10) Economistas do Regime.

É necessário estar atento para verificar se a coberto da proposta sobre a acumulação de pensões, não se pretende introduzir o principio do plafonamento , ou seja, a partir de certo limite, os vencimentos mais elevados deixarem de descontar para a Sª Social, introduzindo a privatização parcial da Sª Social.. O que é verdadeiramente escandaloso são os Regimes de Pensões do Bº de Portugal e CGD aplicado aos administradores, os quais, a troco de pouco tempo, auferem pensões elevadíssimas. O actual PR, aquele que foi ministro das finanças 3 meses, e muitos outros economistas convidados para o « prós e contras » e presença habitual nas nossa Tv,s aonde debitam austeridade para os outros. Seria interessante listar estas reformas e respectivas acumulações para se aquilatar do descaramento desta gente.

O dilema do Bloco de Esquerda (13/03/10)

O Bloco de Esquerda enfrenta um dilema: Se se «social-democratiza» e participa na governação é engolido pelo PS, se se radicaliza os professores passam-se para o PS (o que, a considerar algumas sondagens, já está a acontecer).
Publicada por Bettencourt de Lima em 18:15 0 comentários Hiperligações para esta mensagem